Cardeal Sergio da Rocha e dom Vilsom Basso avaliam a JMJ Panamá 2019

Foi concluída, neste domingo, 27, a Jornada Mundial da Juventude Panamá 2019. Ao Portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Brasília e presidente da entidade, cardeal Sergio da Rocha, e o bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência, dom Vilsom Basso, ofereceram suas considerações sobre o evento, que chegou a reunir mais de 600 mil pessoas na Cidade do Panamá, em momentos que contaram com a participação do papa Francisco.

“A JMJ revela o amor da Igreja pelos jovens e, ao mesmo tempo, o amor dos jovens pela Igreja. As cenas bonitas da multidão de jovens, sempre muito animados e unidos ao Papa, mostra que os jovens valorizam a Igreja e querem caminhar com a Igreja, com o Papa e com os jovens do mundo inteiro”, afirma o cardeal Sergio da Rocha. Ele ressalta ainda que esta é “ocasião especial para renovar a esperança e o compromisso de evangelizar a juventude contando com os próprios jovens”.

Panamá 2019 | Jacob Tuniev

E neste contexto de JMJ pós-sínodo para a Juventude, realizado em outubro do ano passado, as palavras do papa sobre a evangelização da juventude eram esperadas com muita esperança. Para dom Sergio, o pontífice ressaltou a importância dos jovens no “hoje” da Igreja.

“É importante reconhecer com gratidão e valorizar a participação dos jovens na Igreja. Mas, bem sabemos que um grande número deles não participa da Igreja, não conhece a Jesus, não tem experiência de vida cristã. Por isso, precisamos redobrar os esforços para evangelizar a juventude, contando com os próprios jovens, e procurar abrir mais espaços para a participação da juventude na Igreja, a começar da comunidade local”, afirmou.

Panamá 2019 | Fernando Santos

Na avaliação de dom Vilsom Basso, a mensagem do papa Francisco “foi outra vez forte, simples penetrante e inspiradora”. Dom Sergio conta que o papa “nos incentivou a olhar para a realidade concreta da juventude, procurando amar e servir a todos, especialmente os que passam por situações mais difíceis”, indicando ainda a JMJ como convite à atuação não somente no interior das comunidades, “mas também na vida cotidiana, testemunhando a fé nos diversos ambientes da sociedade, especialmente no meio dos jovens”.

Os dois bispos ressaltaram as dificuldades dos jovens brasileiros conseguirem viajar até o país da América Central. “Foram 5.898 peregrinos brasileiros inscritos na JMJ. Poderiam tem sido muito mais. A primeira avaliação que fazemos é sobre a dificuldade extrema encontrada para comprar passagens para o Panamá e o alto preço das mesmas. Só para comparar: para Cracóvia, foram 12 mil peregrinos do Brasil. Mas a participação dos jovens brasileiros na JMJ foi marcante nas catequeses e demais atividades”, partilha dom Vilsom.

O cardeal Sergio constata que o anúncio da próxima JMJ em Portugal animou ainda mais a juventude brasileira que já está começando a se preparar para estar presente em Lisboa. A expectativa do Patriarcado de Lisboa e do Dicastério para os Leigos a Família e a Vida, responsáveis pela organização da JMJ 2022, é a mesma, de marcante participação brasileira e de outros países lusófonos, como Moçambique, Angola e Cabo Verde.

 

Bispos do Brasil
“Éramos mais de 30 bispos do Brasil, e vários de nós nos hospedamos em casas de família”, conta dom Vilsom, para indicar outro destaque de sua avaliação: a acolhida “calorosa e ‘onipresente’ do povo panamenho e dos voluntários. Quanta gentileza e bondade”.

Para dom Sergio da Rocha, a participação dos bispos do Brasil no Panamá, colaborando nas catequeses e participando das celebrações, também demonstrou “a unidade com o papa Francisco e o desejo de valorizar sempre mais os jovens na Igreja e na sociedade”.

“Calor e color”

Foto: reprodução Instagram/Jovens Conectados

Dom Vilsom Basso também destacou em suas impressões a música, a alegria, a vibração, a animação e as cores durante o evento: “América Central havia prometido fazer uma JMJ com estilo latino americano e rosto caribenho e o fez. O papa sentiu isto e usou a expressão em espanhol ‘calor e color’”, lembrou o bispo.

O presidente da Comissão para a Juventude da CNBB ressalta ainda a organização do evento em seus grandes atos, como a abertura, a acolhida do papa, a via-sacra, a vigília e a missa de envio: “precisa, simples, eficiente e bonita”. Nem os “pequenos imprevistos, especialmente nos primeiros dias” tiraram o brilho do evento, avalia.

“Panamá e América Central deixam um belo exemplo de trabalho conjunto e solidário para toda a Igreja. Agradecemos a dom José Domingo Ulloa, arcebispo de Panamá, e toda a sua equipe por este ‘regalo’ [presente] a todos nós”. “Deus seja louvado por esta jornada, e que seus frutos acompanhem os jovens até 2022, quando se reencontrarão com o sucessor de Pedro, em Lisboa”, projeta dom Vilsom.

 

Por CNBB

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