A Esplanada dos Ministérios recebe, nesta sexta-feira, 07 de setembro, em ocasião das comemorações pelo Dia da Independência do Brasil, a 24ª edição da tradicional manifestação popular: o Grito dos Excluídos, que este ano traz o tema: “Vida em primeiro lugar” e lema: “Desigualdade gera violência: Basta de privilégios!”

Em consonância com a Campanha da Fraternidade, a mobilização acontece simultaneamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, com o objetivo de conscientizar a população sobre a atual conjuntura brasileira, que, neste ano, tem como foco principal a temática da violência em suas variadas formas, e o papel do Estado diante da violência que oprime a população.

Aqui em Brasília, a concentração para o ato acontecerá em frente ao Museu Nacional da República, a partir das 09h30, seguida de caminhada pela Esplanada dos Ministérios. A manifestação ocorrerá paralelamente ao desfile cívico-militar, em comemorações ao Dia da Pátria, marcado para começar às 09h, também na Esplanada.

Em frente ao Museu Nacional da República também serão realizadas diversas atividades culturais, entre elas as oficinas de cartazes, onde as crianças poderão participar, deixando mensagens pela democracia e contra a violência.

Promovido pelo Setor de Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e apoiado pela Comissão Pastoral da Terra, Cáritas e outros movimentos e instituições, a proposta do Grito nasceu em 1994, sob influência do Setor Pastoral Social da CNBB, para dar continuidade à reflexão da Campanha da Fraternidade; e como forma de concretizar os debates da 2ª Semana Social Brasileira, realizadas entre 1993 e 1994. A primeira edição desta mobilização ocorreu em 1995, a partir da Campanha da Fraternidade, cujo tema era “Fraternidade e os excluídos” e o lema “Eras tu, Senhor?”.

Hoje, o Grito dos Excluídos reúne milhares de pessoas, grupos, entidades e movimentos sociais para demonstrar a insatisfação com as crises e problemas que vem afetando a sociedade como drogas, falta de moradia, desemprego, corrupção e violência.

O Cartaz

O cartaz da 24ª edição do Grito dos Excluídos foi criado pelo artista plástico Nivalmir Santana.

Segundo Nivalmir, em entrevista ao site das Comunidades Eclesiais de Base, CEBs, o cartaz retrata a união dos marginalizados e do povo sofrido que luta por vida mais digna. “Esse povo unido caminha para o sol, que ilumina todas as classes. O sol para o qual esse povo se volta é Cristo, que pela páscoa dissipa todas as trevas e clareia todas as coisas”, explica. Ainda de acordo com ele, a mulher como figura principal retrata a geração da vida, que une as forças e luta com o povo sofrido, especialmente na atual conjuntura que vive o povo brasileiro.

Informações:
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Por Gislene Ribeiro