Artigo: O Ano Jubilar Arquidiocesano

Graças ao amor e à misericórdia de Cristo, nós estamos celebrando um Ano Jubilar Arquidiocesano em comemoração aos 60 anos da criação de nossa Arquidiocese e dos 50 anos de nossa Igreja Mãe, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. Um Jubileu é verdadeiramente um tempo de graça, de memória e de esperança. Neste sentido, Deus é a Fonte do jubileu, pois é Ele quem edifica o nosso passado, habita o nosso presente, conduz o nosso futuro e alimenta a nossa santidade, evidenciando os sinais da Sua misericórdia no cotidiano de nossa História.

O jubileu é um tempo apropriado para extrairmos pérolas do tesouro do passado remoto ou recente e, por isso, devemos recordar os inúmeros esforços empreendidos pelos pioneiros – leigos, sacerdotes e religiosos – que trabalharam com afinco na edificação da capital da esperança. O jubileu é uma festa marcada pela gratidão. Sentimentos de gratidão, de paz e de prosperidade pairam em nossos corações ao fazermos memória das realizações empreendidas oportunamente pelos nossos arcebispos – Dom José Newton Baptista, Dom José Freire Falcão, Dom João Braz de Aviz e Dom Sérgio da Rocha – e por todos os sacerdotes e religiosos que não pouparam esforços na edificação de cada nova capela ou paróquia nesses quase sessenta anos de nossa Arquidiocese.

Vislumbrando todos os esforços empreendidos em nossa história arquidiocesana, hoje nós podemos verificar que a nossa Arquidiocese conta com 149 Paróquias, três seminários, centros de formação, movimentos, associações e comunidades de vida nova. Contemplando essas realizações, nós sentimos o desejo de fortalecer nosso serviço pelo Reino e firmamos os pés no chão no presente, fixando os olhos nas veredas abertas ao futuro. Desse modo, memória e projeto constituem, simultaneamente, desafio e novas expectativas.

Desafios significativos vivenciados pela nossa Arquidiocese nesses 60 anos de história foram, seguramente, as realizações do 8º Congresso Eucarístico Nacional em 1970, o 16º Congresso Eucarístico Nacional em 2010 e o Bote fé em 2012. Agradáveis momentos em que os candangos e o povo brasiliense se sentaram à Mesa do Senhor e aprenderam a compartilhar o Pão da unidade dos discípulos missionários. Momentos privilegiados de profunda intimidade com Jesus Eucarístico no âmbito do mistério da bondade, do amor e da misericórdia de Deus.

Um Ano Jubilar é sempre uma oportunidade para aprofundarmos a fé e vivermos, com renovado empenho, o testemunho cristão. Com esse intuito, peçamos a Deus a graça de vivenciarmos, a cada novo dia desse jubileu, a força transformadora do Evangelho que nos transforma, renova e rejuvenesce, aprimorando o nosso apostolado, ajudando, de algum modo, o nosso próximo a encontrar a Cristo, a conviver com Cristo e a permanecer em Cristo.

Este Ano Jubilar é também um momento favorável para redescobrirmos a necessidade da ternura e da proximidade de Deus, é uma singular oportunidade para realizarmos ações comunitárias que provam nossa dedicação ao serviço de Deus e da Igreja. Tempo de aprender a aceitar as decepções e até as dificuldades enviadas por Cristo, para que possamos perseverar na fé e a continuar com paz no coração, confiando sempre em nosso Redentor.

O Jubileu é um ano inteiro, de 31 de janeiro de 2019 a 31 de janeiro de 2020, no qual poderemos acolher todos os dias o amor e a misericórdia de Cristo, para que toda a nossa existência se torne santa. No decorrer deste Ano Jubilar, nós devemos reconhecer que o jubileu é uma escola de humildade que nos leva a contemplar a ação de Deus em nosso cotidiano e em nossa história e, por isso, nenhum momento celebrativo deste jubileu pode ser desperdiçado, nenhuma oportunidade de atualização de nossa memória arquidiocesana deve ser perdida, pois nos ajudarão a perceber que os pioneiros, atuando nas obras da cidade, da Igreja e da comunidade, acreditavam em Deus e no ideal da construção da capital da esperança. Eles voltaram-se para Deus nas dificuldades e esperaram confiantes no cumprimento das promessas. Lançaram, com generosidade, a semente do Evangelho no Planalto Central e recorreram à poderosa intercessão de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nossa amada Padroeira, e a São João Bosco, nosso copadroeiro, convictos de que Deus está sempre atento às nossas necessidades.

Hoje, em pleno século XXI, cabe a cada um de nós o trabalho de colher os frutos dessa semeadura realizada pelos pioneiros, nesses sessenta anos de nossa Arquidiocese. Cabe também a nós o grato dever de continuar a semear, adubar, regar, para que, em um breve futuro, novas gerações possam continuar colhendo novos frutos. Que o Senhor Jesus nos conceda, pela mediação de Nossa Senhora Aparecida, a graça de sermos testemunhas do Seu perdão, que purifica o coração e transforma a vida, e nos ajude a continuar a lançar as nossas redes em águas mais profundas.

 

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Por Aloísio Parreiras
Escritor e membro do Movimento de Emaús

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